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sexta-feira, 19 de julho de 2024

IRÃ-OPORTUNIDADE ÚNICA PARA OS BRASILEIROS VISITAREM UM PAÍS LINDO E MÁGICO

 DIPLOMACIA & RELAÇÕES INTERNACIONAIS, REPÚBLICA ISLÂMICA DO IRÃ, TURISMO

Turismo: Irã acaba com exigência de visto para brasileiros


Texto e fotos de Chico Sant’Anna

Em 1930, Manuel Bandeira escreveu Vou-me embora pra Pasárgada, um dos clássicos da poesia brasileira. Pasárgada era apresentado ao imaginário nacional como uma espécie de paraíso, um refúgio, um local maravilhoso.  Na verdade, Pasárgada abrigou um mausoléu para os nobres persas, em especial Ciro II, que determinou a construção da cidade, que ficou inacabada, para abrigar uma das capitais do Reino Persa. Pasárgada manteve-se como capital até que Dario III iniciou a mudança para Persépolis. Os dois locais são maravilhosos sítios arqueológicos, datam de mais de 500 anos antes de Cristo, são tombados como Patrimônio Mundial da Unesco, e localizados no atual Irã. Visitar essas riquezas culturais, agora, ficará mais fácil para os brasileiros.

O novo embaixador do Irã, Abdollah Nekounam Ghadirli, recém chegado a Brasília, trouxe na bagagem a novidade de que brasileiros não precisarão mais solicitar visto de turistas para conhecer o Irã. A iniciativa é unilateral, iranianos ainda necessitam de visto para visitar o Brasil, mas pelo princípio da reciprocidade, é esperado que a diplomacia brasileira faça o mesmo. Segundo a representação diplomática, uma vez por ano, cada cidadão brasileiro poderá viajar ao Irã isento de visto para uma permanência de 15 dias. Não há nenhum procedimento prévio específico, na chegada ao aeroporto de Therã, as autoridades migratórias vão emitir a autorização e carimbar a entrada no passaporte.

A permanência no país persa não poderá ultrapassar uma quinzena. O país é grande, com atrações que vão das Montanhas Alborz, ao Norte – e que para alguns arqueólogos, como os do Bible Archeology Search and Exploration Institute (BASE), seria o local certo de onde encalhou a Arca de Noé, e não no Monte Ararate, na Armênia, como amplamente é registrado – até as praias do Sul.

O Irã é o 52º destino mais procurado por turistas estrangeitos. Em 2020, recebeu 1,55 milhão de estrangeiros. Já apresentou, no passado, perfomance melhor. Em 2018, foram 7,30 milhões de pessoas, perfomance, equivalente à do Brasil no ano da Copa do Mundo.

Conhecer bem o Irã seria necessário mais do que uma quinzena. Um roteiro adequado para esses 15 dias, o período que não exige visto de turista, seria conhecer Persépolis, ao Sul, próximo a Shiraz, uma passagem por Isphahan, ao centro do país – na minha opinião a mais simpática e acolhedora. A cidade conta com um curioso sistema de refrescamento ambiental. Todos os dias, em diversos momentos, bombas retiram água do rio  Zayandeh, e a faz circular por canaletas abertas nas ruas. Uma espécie de umidificador gigante. Outra atração é a Ponte dos 33 Arcos, sobre Zayandeh,considerada uma das pontes mais bonitas do Oriente Médio.

Yazd, outro patrimônio histórico da humanidade é um belo point a se conhecer. Uma cidade quase toda em terracota para amenizar os efeitos climáticos do deserto. O barro nas paredes e tetos e as torres, que funcionam como uma espécie de radiador, retirado o calor dos imóveis e trazendo ar mais fresco, dão o tom diferencial dessa cidade. Ela ainda conta com sistema de qanats, espécie de aquoduto subterraneo que traz água do subterraneo para abastecer os moradores e umidificar os ambientes.

Em Theran são imperdíveis, além do Grand Bazaar – um mercado livre imenso, com uma variedade enorme de produtos – as duas antigas mansões reais – a de inverno e a de verão – do Xá da Pérsia, Mohammad Reza Pahlavi, hoje transformadas em parques públicos e museus.

Em janeiro de 1979, a monarquia caiu com a Revolução Islâmica. Um desses museus ainda guarda os vestidos e túnicas de Farah Diba, esposa do Xá, tida como uma das mais elegantes nobres de sua época.

Modelitos usados por Faran Diba estão expostos em Theran para visitação pública.





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