Senadores e deputados federais aprovaram, em
votação simbólica, na tarde desta quinta-feira (20), o relatório final do Projeto de Lei
Orçamentária Anual (PLOA) para 2025. O texto
já havia passado, mais cedo, pela Comissão Mista do
Orçamento (CMO).
A
aprovação do Orçamento encerra um impasse que durou cerca de três meses, já que
a medida deveria ter sido aprovada no fim do ano passado, mas foi postergada em
meio a crise sobre a liberação de emendas parlamentares e a votação do pacote
fiscal que havia dominado a agenda legislativa em dezembro.
Agora,
o texto da Lei Orçamentária Anual segue para sanção presidencial. A
norma prevê superávit primário de R$ 15 bilhões nas contas públicas para este
ano. Além disso, estão previstos R$ 50, bilhões para emendas
parlamentares.
Esse
resultado, se confirmado, cumpre a regra de meta fiscal primária zero, conforme
determina o arcabouço fiscal em vigor que limita as despesas da União. Os
gastos primários são aqueles que excluem o valor gasto com a dívida pública.
Ao
todo, o substitutivo do relator prevê R$ 5,8 trilhões em despesas
para 2025, sendo R$ 1,6 trilhão apenas para o refinanciamento da dívida
pública, com pagamento de juros e amortizações. Já a
Seguridade Social deve custar R$ 1,8 trilhão, segundo o relatório.
Outros
2,2 trilhões são para o chamado orçamento fiscal, usado para financiar todos os
poderes da República, o que abrange os três poderes, seus fundos, órgãos,
autarquias, inclusive as fundações mantidas pelo Poder Público. Do total dos R$
5,8 trilhões previstos no relatório, R$ 166 bilhões são para investimentos,
como compra de equipamentos e obras.
Com relação aos programas do
governo, houve diminuição de recursos para o Bolsa Família, para R$ 160
bilhões (R$ 9 bilhões a menos que em 2024) e aumento para o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), que terá R$ 60 bilhões disponíveis (R$ 13,1
bilhões a mais.
Também foram assegurados recursos
para programas como o Vale-Gás (R$ 3,6 bilhões) e Farmácia Popular (R$ 4,2
bilhões).
O governo fez um acordo com o relator do Orçamento, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) para a inclusão do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC) na lei orçamentária.
Pelo acordo, o Poder Executivo se comprometeu a enviar novo projeto com verbas para financiar o programa que paga uma mesada de R$ 200 a mais de 3,9 milhões de estudantes de baixa renda no Ensino Médio, para que se mantenham na escola.Agência Brasil com informações da Agência Senado
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