OS BAILES DE GALA DE TRUMP
E QUAL DELES TEVE A PRESENÇA DE BRASILEIROS
Washington - Os bailes de gala na noite da posse do presidente são uma tradição americana. Nesta segunda, 20, Donald Trump foi a três deles. A EXAME esteve em dois deles.
São
realizados diversos bailes pela capital na noite da posse, Trump escolheu ir a
três deles: o Commander in Chief Ball, com maior presença de militares, o Liberty Ball, voltado a apoiadores, e o Starlight, dedicado aos doadores de campanha.
Os dois primeiros foram realizados em
espaços próximos, dentro de um centro de convenções na área central de
Washington.
Com isso, diversas ruas do entorno foram fechadas, por medida de
segurança. Assim, depois das 19h, virou cena comum ver pequenos grupos de
homens com gravata borboleta e mulheres com vestidos brilhantes procurando
entradas em meio às ruas bloqueadas com grades.
"Aposto que isso é coisa da prefeita Muriel Bowser",
brincou uma convidada, sobre a prefeita de Washington, que é democrata e rival
de Trump na política.
Após achar a entrada das grades, havia filas longas para passar
pela segurança e acessar o Liberty Ball, um dos mais cheios da noite.
Várias mulheres carregavam o salto alto nas mãos e calçavam
tênis enquanto andavam pelos caminhos internos, que eram longos. Da entrada da
grade até o baile, foram mais de 20 minutos andando, com paradas para mostrar o
convite aos policiais e passar por uma revista similar à de aeroporto. Ao
entrar de fato no local, outra fila grande, para guardar o sobretudo ou o
casaco antes de ir para o salão.
O Liberty Ball foi realizado em um enorme centro de convenções,
que fica no segundo subsolo, com capacidade para mais de 15.000 pessoas,
segundo a organização. O ambiente era escuro e lembrava um show. Comida e
bebida eram grátis.
Filas se formavam para se servir em bufês, onde havia queijos,
pães, guiozas recheadas, algumas frutas e muitos doces. Os pratos eram de papel
e os talheres e copos, de plástico. Filas maiores, no entanto, se formavam para
os bares. No palco, cantores de música se apresentavam, antes da chegada de
Trump.
Segundo baile
Nos bailes da
posse, há uma regra: ninguém mais pode entrar depois que o presidente chega,
por questão de segurança. Assim, a reportagem saiu do Liberty antes de Trump
chegar e foi para o Starlight Ball, a sete quadras de distância.
O Starlight foi montado nos saguões de entrada da Union Station, a principal estação de trem de
Washington, que foi fechada para o evento.
O espaço era bem
iluminado e imponente, com um enorme pé direito. Ali, doadores de campanha,
líderes estrangeiros e algumas celebridades americanas circulavam por salões
amplos, onde havia poucas mesas e cadeiras para se sentar.
Bares nas laterais serviam drinques,
cervejas, vinhos e refrigerantes, em taças de vidro. Uma das opções era o vinho Trump, fabricado em vinícolas no estado da Virgínia.
Neste
baile, estiveram presentes o líder argentinoJavier Milei, o
ex-pugilista Mike Tyson,o deputado federal
brasileiro Eduardo
Bolsonaro (PL-SP) e a ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro. Os
dois brasileiros se posicionaram bem perto do palco e ficaram algumas horas
ali, à espera de Trump. O evento começou por volta das 20h, e o presidente
apareceu pouco depois da meia-noite.
Trump entrou no palco e dançou a primeira música com a
primeira-dama, Melania. Em seguida, vieram o vice, J.D. Vance, sua
mulher, Usha, e
outros familiares do presidente. Eles dançaram em um palco elevado, separado da
plateia por uma barreira de vidro. Enquanto eles dançavam, quase todos na
plateia faziam vídeos com seus celulares. Entre as músicas tocadas, esteve
"My Way", de Frank Sinatra.
Trump fez um discurso breve depois da coreografia, no qual
agradeceu aos doadores e fez críticas a imigrantes. "Eu quero agradecer às
pessoas neste salão. Muitos de vocês são doadores. Alguns são grandes doadores.
Alguns de vocês acreditaram em nós desde 2015", afirmou.
Após a saída de Trump, os bares pararam de servir bebidas e teve início um set de música eletrônica. Lá fora, um frio de -11º C esperava os frequentadores, assim como carros de aplicativo com preço muito elevado. Uma corrida de 3 km, que geralmente custaria 15 dólares, estava por 60. Ao menos as grades já estavam abertas e foi rápido para voltar à cidade real. MATÉRIA: Revista Exame. Por Rafael Balalgo, reporter =microeconomia
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