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terça-feira, 29 de julho de 2025

QUER GANHAR DINHEIRO PARA VIVER NUMA ILHA DA IRLANDA? OPORTUNIDADE UNICA



Este país da Europa paga para quem se aventurar a viver em suas ilhas remotas

O plano, com duração de 10 anos, quer reverter as taxas de declínio populacional em até 23 ilhas costeiras do país; entenda

Em junho de 2023, o governo da Irlanda lançou um plano de dez anos com o objetivo de reverter as taxas de declínio populacional acelerado em suas 23 ilhas costeiras no Atlântico, que estão desconectadas do restante do país insular pelas marés e não têm acesso por pontes ou estradas.

O plano, nomeado "Our Living Islands" (nossas ilhas vivas, em tradução livre), busca atrair novos habitantes para ilhas como Aran Islands, Inishbofin, Bere, Dursey e Tory Island (a mais remota entre elas), atualmente com menos de três mil moradores permanentes. De acordo com o governo do país, os moradores mais jovens tendem a deixar as comunidades isoladas ao buscar oportunidades de educação e emprego, o que resulta em uma população mais envelhecida e em risco de gradual esvaziamento.

A iniciativa também deve atuar em diferentes eixos da vida comunitária, como o fortalecimento das economias locais (com programas de suporte à agricultura sustentável e ao turismo, ao artesanato e à construção de uma infraestrutura digital que permita o trabalho remoto), além dos incentivos financeiros para a compra e a renovação de casas abandonadas nas ilhas.

O programa não é restrito para nacionais, o que significa que estrangeiros também podem se candidatar ao subsídio. No entanto, é necessário ter um visto de residência fixa no país, que pode ser obtido por meio de oportunidades de emprego formal, investimentos ou ter permanecido como residente legal por pelo menos cinco anos.

O que o governo oferece?

Como parte do programa Croí Cónaithe, o governo da Irlanda oferece até €60.000 a proprietários de casas abandonadas ou degradadas que desejem restaurá-las. Como os imóveis podem ser adquiridos por valores bastante baixos, o subsídio se destina principalmente a cobrir os custos de manutenção e reforma para permitir a moradia.

Para propriedades muito degradadas, o valor pode chegar a até €84.000.

As propriedades elegíveis são aquelas construídas antes de 1998 e que estejam desocupadas há pelo menos dois anos.

Não é necessário, obrigatoriamente, residir no imóvel: quem for restaurar também pode optar por alugá-lo, desde que seja para moradores de longo prazo, informa o governo.

É preciso, além disso, que a pessoa a receber o benefício esteja com os impostos em dia e não seja uma empresa ou incorporadora imobiliária (como forma de evitar a especulação).

O subsídio cobre reformas estruturais ou estéticas, como troca de telhados, melhorias no isolamento, reparos estruturais e outras obras essenciais.

No entanto, caso o imóvel seja vendido antes de um determinado período (entre cinco a dez anos após a aplicação do subsídio), o valor pode ser reivindicado de volta pelo governo.

Em Aranmore, uma das ilhas beneficiadas pelo programa — que tinha cerca de 500 habitantes em 2022 —, já há novos moradores vivendo com apoio de hubs de trabalho remoto, segundo o jornal Irish Times.

A ilha está localizada na costa oeste do condado de Donegal, ao norte do país, e é uma vila pacata que remonta aos tempos pré-celtas, com alguns vestígios de ocupação primitiva. No sul da ilha, próxima às rotas marítimas do Atlântico, ergue-se um farol que serviu como posto de monitoramento durante a Segunda Guerra Mundial.

Paredões rochosos

Em geral, as cerca de 30 ilhas remotas incluídas no programa formam um arquipélago diverso, com paisagens marcadas por paredões rochosos atrás dos quais se estende o mar, e uma vegetação composta por gramíneas e musgos.

Essas ilhas preservam tradições centenárias e abrigam comunidades pequenas — às vezes com menos de cem pessoas —, em que se falam tanto o irlandês como o gaélico. São compostas por casas simples com elementos em pedra, ruínas monásticas e pequenos portos pesqueiros.

Algumas ilhas recebem maior número de pessoas durante as férias, mas todas enfrentam o envelhecimento da população e estão sob a ameaça de se tornarem inabitadas com o passar dos anos. Por Anne Silva- Revista Forum 

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