PERDEU O CARGO
Superintendente da PRF é exonerada após descoberta de fotos
Vanessa Martins Félix, que já foi da Aeronáutica e da PMDF, frequentava acampamento golpista em Brasília e era entusiasta dos grupos de extrema direita
A superintendente executiva da Polícia Rodoviária Federal, Vanessa Martins Félix, foi exonerada do cargo na sexta-feira (29) após fotos dela participando do acampamento golpista instalado na porta do QG do Exército, em Brasília, terem sido descobertas e levadas ao conhecimento público, em que pese o fato de as imagens terem sido mantidas todo esse tempo, do fim de 2022 até hoje, em suas redes sociais.
Figura relativamente conhecida dos meios policiais e militares, já que ela foi integrante da Aeronáutica e primeira paraquedista mulher da corporação, além de ter sido da PMDF, Vanessa, que ostenta inúmeras fotos com os uniformes que já utilizou e com armamentos, manteve também por muito tempo as imagens de sua participação nos locais em que um golpe de Estado era reivindicado. Foi de lá também que saiu parte dos criminosos que promoveram os atos terroristas de 8 de janeiro.
Como as fotos viralizaram recentemente, após a prisão de militares que planejavam o assassinato do presidente Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do STF, bem como após a divulgação do relatório final completo da PF, com os 37 indiciados pela tentativa de golpe de Estado, uma checagem foi realizada e ficou comprovado que era mesmo Vanessa que aparecia nos registros golpistas. Ela usou nas postagens expressões como “Nossa Copa é no QG” e “Supremo é o Povo”, bordões clássicos dos fundamentalistas bolsonaristas.
A PRF confirmou em nota a saída da agente Vanessa do cargo de superintendente executiva e disse que agora ela está sem função de confiança específica, sendo devolvida aos quadros da corporação.
“A função de superintendente executiva é de livre nomeação e exoneração. Sua indicação, antes da respectiva nomeação, passa por análise técnica de viabilidade na corregedoria do órgão e também junto à Casa Civil, via Sistema Integrado de Nomeações e Consultas – Sinc. Por padrão, a Polícia Rodoviária Federal não comenta fatos de natureza particular de seus servidores. Atualmente, a policial citada não ocupa nenhuma função de confiança.”, diz uma nota da PRF publicada pelo portal Metrópoles.
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